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sábado, 29 de setembro de 2012

Os Símbolos Maçônicos


Os Símbolos Maçônicos     


O ESQUADRO E O COMPASSO

O compasso e o esquadro reunidos tem sido mais antiga bem como a mais comum representação da Instituição Maçônica. Tanto se apresentou este símbolo compasso-esquadro, que ele é prontamente reconhecido, até mesmo pelos profanos (pessoas não iniciadas na Maçonaria). É o sinal distintivo do Venerável Mestre (Presidente da Loja) uma vez que esotericamente representa a "Justa Medida".
Justa Medida quer dizer em última análise a Retidão. Faz lembrar aos maçons em geral e a cada instante que todo as suas ações deverão ser plantadas com serenidade, bom senso e espírito de justiça. Faz recordar o compromisso solene assumido pelo iniciado, de sempre agir dentro de uma escola de perfeita honestidade e retidão.
O COMPASSO – O Compasso é considerado um Símbolo da espiritualidade e do conhecimento humano. Sendo visto como Símbolo da espiritualidade, sua posição sobre o Livro da Lei varia conforme o Grau. No Grau de Aprendiz, ele está embaixo do esquadro, indicando que existe, por enquanto, a predominância da matéria sobre o espírito . A abertura indica o nível do conhecimento humano, sendo esta limitada ao máximo de 90º, isto é ¼ do conhecimento. A sua Simbologia ainda é muito mais variada, podendo ser entendido como Símbolo da justiça, com a qual devam ser medidos os atos humanos. Simboliza a exatidão da pesquisa e ainda pode ser visto como Símbolo da imparcialidade e infalibilidade do Todo-Poderoso.
O ESQUADRO – O primeiro instrumento passivo e companheiro por excelência do Compasso é o Esquadro. Seu desenho nos permite traçar o ângulo reto e, por tanto, esquadrejar todas as formas. Deste modo, é visto como Símbolo, por excelência, da retidão. É também a primeira das chamadas Jóias Móveis de uma Loja, constituindo-se na Jóia do Venerável, pois, dentre todos, este deve ser o mais justo e eqüitativo dos Maçons. O Esquadro, ao contrário do Compasso, representa a matéria; por isso é que, em Loja de Aprendiz, ele se apresenta sobre o Compasso. Predominância da Matéria sobre o espírito.
A LETRA "G': É o símbolo de Deus, o Divino Geômetra. Uma das razoes de ser tomada como símbolo sagrado da Divindade, é que, com ela, a palavra Deus, se inicia em vários idiomas. GAS, em Siríaco; GADA, em persa; GUD, em sueco; GOTT, em alemão; GOD, em inglês, etc. 

A TROLHA
A TROLHA – Ou colher de pedreiro. Trata-se de uma espécie de pá achatada com a qual os Pedreiros assentam e alisam a argamassa. Sendo um instrumento neutro, deve ser visto como um Símbolo da tolerância, com que o Maçom deve aceitar as possíveis falhas e defeitos dos demais Irmãos. Pode ser vista, também, como um Símbolo do amor fraternal que será, então, o único cimento que uniria toda a Maçonaria. Desta forma, passar a Trolha, significa perdoar, desculpar, esquecer as diferenças. Entendida desta forma, pode ser vista como Símbolo da Paz que deve reinar entre os Irmãos.

 O AVENTAL
É o símbolo do trabalho. É a parte principal do vestuário maçônico, constituindo-se um dos símbolos mais importantes da Maçonaria. Tem a forma de um retângulo, encimado por um triângulo; nos dois primeiros graus são simples, sem enfeites ou adornos, e de tecido branco. Os aventais dos demais graus, tem cor e desenhos variados, conforme os graus que representa e conforme o rito adotado. O fundo porém é sempre branco.


 
    A PEDRA BRUTA


Simboliza a inteligência do aprendiz maçon, ainda rude, porque com os vestígios do Mundo Profano, está apenas iniciando sua aprendizagem nos Mistérios da Maçonaria. As arestas desta Pedra Bruta cabe ao aprendiz desbastar disciplinando, educando instruindo sua personalidade, objetivando vencer suas paixões e subordinar sua vontade à prática do bem. Assim a tarefa principal do Aprendiz consiste em trabalhar e estudar para adquirir o conhecimento do simbolismo do seu grau e a sua interpretação filosófica.




  O MALHO E O CINZEL



Maço e cinzel são, por definição, os intrumentos mais próprios da antiga Maçonaria. A própria palavra maçom, embora não seja originário do termo maço, aplicado ao instrumento do trabalhador da pedreira, tem com ele uma analogia simbólica muito inetessante que não pode ser desprezada. 
Maçom é o antigo profissional que se dedicava ás obras civis. Era o operário, o artesão das construções. O termo se aplica tanto aos trabalhadores que tiravam, cortavam e facejavam as pedras brutas tiradas das pedreiras, quanto aos artesãos que as trabalhavam, fazendo delas pedras de canto, de coluna, de centro, e também as obras de arte que ornamentavam as construções.
Entre os pedreiros medievais, como bem observa B. Jones, havia uma diferença hierárquica entre o pedreiro da “pedra mole”, (artesão) e o pedreiro da pedra dura (o desbastador de pedra), chamado de freestone-mason o primeiro e roughstone-mason o segundo. “ Havia, portanto, uma diferenciação ao mesmo tempo social e qualitativa entre os pedreiros. A qualidade do ofício corresponde a qualidade do material empregado,” escreve Jean Palou.“Ao talhador de pedras, ao talhador de imagens de pedra de grão mole”, prossegue aquele autor,” corresponde o nome de pedreiro-livre (frrestone-mason). Aquele que desbasta a pedra bruta na pedreira, longe dos canteiros das igrejas, é o rough mason(pedreiro rude)”,  [1]
 
O free-mason, que comumente é traduzido por pedreiro livre, tinha, como bem observa o citado autor, um conhecimento de geometria e de outras ciências do ofício, que os rough-masons , ou pedreiros comuns, não possuiam. É dos primeiros, portanto, que vem a tradição emprestada à Maçonaria moderna.
O que daí se deduz é que os maçons operativos tinham uma habilidade específica que envolvia o uso do maço e do cinzel, e quanto mais perfeita a obra que se obtinha com o uso desses instrumentos maior era o sentimento de ascese que o artesão experimentava na prática do seu ofício. É destes profissionais, o artesão, e dos arquitetos que traçavam os planos dos edifícios, que deriva a tradição que informa a Maçonaria moderna.
Esta nada tem a ver com os simples pedreiros medievais, que, aliás, nenhum motivo teriam para codificar, em linguagem iniciática, os seus segredos de ofício, marca distintiva dos praticantes da Maçonaria. Essa disposição está bem explicita no Manuscrito de York nº 293, que proíbe a um “ pedreiro livre, mostrar esquadro, régua ou ou outro intsrumento do seu ofício a um pedreiro rude.”[2]

Tem-se, pois, como importante a habilidade do maçon operativo no uso do maço e do cinzel, sendo estes os instrumentos dos verdadeiros artistas da Arte Real. Daí a rica simbologia que deles derivam.
Na Maçonaria moderna o maço e o cinzel são as ferramentas que o Irmão, simbolicamente, irá usar para desbastar a pedra bruta do seu caráter. No estudo da filosofia da Ordem e na prática de virtude que ela enseja, o iniciado obtém a obra perfeita, que como o Apolo de Beldevere ou o Davi de Michelangelo, mostrará a habilidade do maçom no exercício da sua Arte. Pois desbastar a “pedra bruta da personalidade” significa exatamente isso: Eliminar o vício e promover a virtude, combatendo toda propensão para o mal e incentivando toda tendência para o bem.
Essa metáfora foi usada brilhantemente pelo Padre Vieira em seus famosos sermões. “Arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe e, depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e o cinzel na mão e começa a formar um homem; primeiro membro a membro, e depois feição por feição, até à mais miúda: ondeia-lhe os cabelos, alisa-lhe a testa, rasga-lhe os olhos, afila-lhe o nariz, abre-lhe a boca, avulta-lhe as faces, torneia-lhe o pescoço. estende-lhe os braços, espalma-lhe as mãos, divide-lhe os dedos, lança-lhe os vestidos; aqui desprega, ali arruga, acolá recama e fica um homem perfeito, talvez um santo, que se pode pôr no altar…”

Isso significa que a mente humana, com a sua disposição para o bem é o maço; trata-se de uma vontade de aperfeiçoamento, uma decisão íntima de “cavar masmorras ao vício e erguer templos à virtude”, que move o iniciado na sua ingente labuta para eliminar os seus vícios de caráter e incortar à sua personalidade as virtudes que o farão “justo e perfeito”.
Lembrando que não é a força do golpe do maço sobre o cinzel que faz a beleza da obra, mas sim a habilidade com que se golpeia e  e a escolha criteriosa do local onde golpear que constitui a grande ciência do uso desses instrumentos, poderá o Irmão entrar na posse do perfeito entendimento do que significam esses dois símbolos profissionais tão caros á Maçonaria. 


A PEDRA CÚBICA
Havendo o Aprendiz trabalhado na Pedra Bruta como Malho e o Cinzel, transformando-a num cubo imperfeito, caber ao Companheiro (Grau 2), polir este cubo com o auxílio do esquadro, do Nível e do Prumo, tornando-a finalmente em pedra cúbica. Desbastadas as rudes arestas da personalidade, ainda como Aprendiz, cabe agora, ao Companheiro disciplinar suas ações através do conhecimento adquirido realizando contornos e nuances delicadas em seus psiquismos, fazendo então, do seu "eu", um cubo perfeito, a pedra polida que assim estará apta a ser utilizada na construção do edifico do Templo, isto é, a humanidade Perfeita.

O MALHETE
É o instrumento de trabalho do Venerável Mestre e dos Vigilantes (na hierarquia os dois cargos logo abaixo do Venerável Mestre e que juntamente com ele dirige os trabalhos da loja)
Nada mais é que uma espécie de malho, e como tal é símbolo da vontade, da força, do trabalho e da determinação. Um aspecto fundamental na utilização deste instrumento é o do discernimento e lógica que devem conduzir a vontade. Utilizando ao caso, com força apenas, ele passará a ser um instrumento de destruição, incompatível com a Maçonaria. 

O DELTA LUMINOSO
LLTambém chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê.
Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçon tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.
Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.
Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.


OBS
: Há muitos outros símbolos na Maçonaria. Apresentamos aqui somente os mais difundidos e conhecidos do povo em geral

Fontes:l Ritual de instruções do Aprendiz-maçom - GOMGl A Total Perfectibilidade - Welington Paival Sociedades Secretas - A. Tenório de Albuquerque 

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