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domingo, 30 de setembro de 2012



Mediunidade
“Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium. Essa faculdade é inerente ao homem. Por isso mesmo não constitui privilégio e são raras as pessoas que não a possuem pelo menos em estado rudimentar. Pode-se dizer, pois, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, porém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma faculdade mediúnica bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
Deve-se notar, ainda, que essa faculdade não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns têm, geralmente, aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as espécies de manifestações. As principais são: médiuns de efeitos físicos, médiuns sensitivos ou impressionáveis, auditivos, falantes, videntes, sonâmbulos, curadores, pneumatógrafos, escreventes ou psicógrafos. (“Cap. 14, item 159, Livro dos Médiuns).”
A mediunidade é a faculdade através da qual mantemos contato entre o mundo material e o mundo dos espíritos. Ela se manifesta de forma mais ou menos ostensiva em todos os indivíduos. Mas, em cada um, manifesta-se em menor ou maior grau. Pode ser caraterizada através do uso de nossa intuição, em grau mais leve, ou nos casos de incorporação do médium pelo espírito, de forma mais ostensiva. Quando se apresenta marcante e forte diz-se que o médium é ostensivo. Quando sutil e rudimentar, de fenômenos esparsos e esporádicos de pouca intensidade, diz-se que o médium tem mediunidade oculta. Este último corresponde a mediunidade presente em todos os homens.
Desta definição podemos tirar a conclusão de que todos possuímos um canal psíquico através do qual os espíritos que habitam os diversos planos diferentes frequentemente entram em contato conosco, já que continuamente nos colocamos em contato com o plano espiritual seja através de fenômenos inconscientes, das preces ou intuições que recebemos. Porém, dentro da conceituação espiritualista, o médium é aquele que apresenta os sintomas desse contato com o plano espiritual de forma ostensiva.
A mediunidade está presente na Terra desde os primórdios da raça humana, uma vez que é sentido inerente à ela, desde que sempre houve a necessidade do intercâmbio entre o mundo dos encarnados e dos desencarnados.
De um análise acurada da Bíblia podemos dizer que, sem sombra de dúvidas, o fenômeno mediúnico está presente pelos tempos e dela trouxe Jesus provas e testemunhos que deixou e que se perpetua através dos tempos, com o desenvolvimento do Cristianismo.
No Novo Testamento, Paulo nos narra os fenômenos mediúnicos em vários versículos de sua Carta aos Coríntios, onde destacamos, a título de exemplo os seguintes versículos:
“21 Está escrito na lei: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.
22  De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.
23  Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura, que estais loucos?
24  Mas, se todos profetizarem, e algum indo uto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
25  Os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós. (Carta aos Coríntios capitulo 14, vs. 21/25).
....
31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
32  E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
33  Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.”
 Com tais exemplos da manifestação mediúnica, Paulo, além de reconhecer a veracidade do fenômeno, apresenta-o como atividade típica da relação do homem com Deus e recomenda seu desenvolvimento para a prática da caridade e das Leis Divinas.

- GRAUS DE MEDIUNIDADE:
A mediunidade está classificada, nos estudos espiritualista, em diferentes graus, como consciente, semi-consciente e inconsciente.
A mediunidade consciente é cada dia mais comum, uma vez que quanto mais consciente a mente do médium durante a incorporação, melhor a forma de afinidade entre o médium e o espírito desencarnado, propiciando um trabalho mais eficiente de atendimento a quem procura solução para seus problemas, não havendo , no entanto, interferências do espírito do médium no desenvolver do trabalho do espírito desencarnado, ou entidade espiritual.
Na verdade, a diferença entre o médium consciente e o inconsciente não é a de que o médium inconsciente não participa do processo de incorporação conscientemente. O que ocorre é que após a incorporação, o médium se recorda de tudo o que foi dito pela entidade, o que não ocorre nos casos da mediunidade inconsciente, quando o espírito desencarnado não deixa essa lembrança com o médium na hora em que ocorre a desincorporação. 
Com relação à semi-inconsciência o que pode ser dito é que ao invés de haver a lembrança total do médium de tudo que ocorreu durante o transe mediúnico, nos casos da mediunidade consciente, ou da ausência total da lembrança, quando este é inconsciente, o médium lembra parcialmente de algo do que foi dito ou do que se fez.
O espírito desencarnado, no processo de incorporação, controla a fala e todas as funções endócrinas do corpo do médium, principalmente as funções nervosas e cardíacas, fazendo com que o fluxo sanguíneo do médium diminua sua intensidade para que haja o menor dispêndio de energia possível, fator que acarreta uma diminuição da temperatura do corpo do médium, o que provoca certa surpresa naqueles que tocam no corpo do médium incorporado. O corpo do médium durante o transe mediúnico está em constante vibração pelo contato da energia do espírito desencarnado com a do espírito do médium.
Nos primórdios da Umbanda, a forma mais corriqueira de incorporação era a inconsciente, quando surgiu a denominação “cavalo”, ou “burro” para o médium iniciante, uma vez que por desconhecimento do fenômeno, o médium relutava bastante, não deixando que o espírito desencarnado (entidade) tomasse o controle de seu corpo, fazendo com que o fenômeno mediúnico ocorresse de forma que a entidade tinha quase que “montar” no médium em que iria incorporar.
O que ocorria, nesses casos, era que o médium, ao haver a saída do corpo da energia do espírito desencarnado, recuperava seus sentidos como se estivesse saindo de um sono profundo, o que leva muitas pessoas a acharem até hoje que na incorporação, haja a saída do corpo do espírito do médium, que este se afasta, ou coisas assim, quando na verdade, somente há uma sintonia de espírito para espírito, fazendo com que a entidade espiritual controle os sentidos corporais, mas não se apossando do corpo do médium, que só possui uma alma durante a vida.
Assim, confunde-se a passividade do médium e sua falta de lembrança após o transe mediúnico, com a sua ausência do corpo material, o que não ocorre. Há somente o transe mediúnico durante o qual o espírito tem suas funções controladas pelo espírito comunicante que tem plenos poderes do corpo, de sua parte psíquica, física, sensorial e motora.
TIPOS DE MEDIUNIDADE:
Psicofonia:
Na Umbanda, a forma mais freqüente de manifestação do fenômeno mediúnico é através da incorporação, apesar de tal termo não representar a exata realidade, uma vez que não há possibilidade de dois espíritos ocuparem a mesma matéria ao mesmo tempo. Usa-se o termo “incorporação” uma vez que o médium tem sua voz, suas maneiras e trejeitos e até mesmo a sua feição, em alguns casos, modificados pelo espírito que está exercendo sua influência na matéria durante o fenômeno mediúnico, dando a impressão de que este “entrou” no corpo do médium.
Na verdade, o que ocorre é uma comunicação entre o espírito desencarnado e o espírito do médium, mente a mente, dando a impressão de que o médium está incorporado. Durante a incorporação o espírito comunicante atua diretamente sobre os centros nervosos de controle do corpo do médium. Conforme o grau de exteriorização do períspirito do médium, o espírito comunicante tem maior ou menor controle dos centros nervosos do corpo do médium.
Para que se dê a incorporação, o espírito comunicante necessita ligar-se energeticamente ao corpo do médium, e faz isso através de pontos específicos que se localizam na região encefálica, na região toraco-abdominal e na região do cóccix, atuando nos chacras existentes nessas regiões.

Psicografia:
Comumente são denominados médiuns escreventes aqueles que manifestam a mediunidade pela psicografia, ou seja, quando os espíritos comunicantes atuam de forma a levarem o médium a escrever.
A psicografia classifica-se em mecânica, semi-mecânica e intuitiva. Na psicografia mecânica, o médium não sabe o que escreve, atuando o espírito comunicante diretamente sobre a mão do médium de forma muito rápida, mantendo a forma e a caligrafia que personaliza o espírito desencarnado.
Na semi-mecânica, o espírito comunicante interage com a alma do médium dominando parcialmente sua mão e braço, sendo que o médium só tem consciência do que escreve na medida em que as palavras vão sendo escritas.
A mediunidade intuitiva é a mais freqüente atualmente, sendo que o espírito comunicante interage com a alma do médium transmitindo mentalmente suas idéias, servindo este como intérprete da mensagem do espírito desencarnado, já que o médium tem consciência do teor da mensagem que será transmitida antes mesmo de escrevê-la.
Vidência:
Fenômeno mediúnico que se caracteriza pela visualização das coisas, ambientes e espíritos do mundo espiritual. O médium tem ciência do mundo espiritual, podendo vislumbrá-lo, seja através de cenas do presente, do passado ou do futuro.
Essa visualização se dá com os “olhos” do espírito, o médium enxerga através de sua alma, já que os vislumbra mesmo que esteja de olhos fechados. A vidência também se caracteriza pela visualização através de outros meios, como em um copo de água, no chão, etc...
A vidência não se confunde com a clarividência, uma vez que esta última não é mediunidade, mas capacidade anímica do médium, que o permite ter uma visão de cenas e objetos que os olhos físicos não podem alcançar. Não existe, na clarividência, comunicação do médium com o espírito desencarnado, como ocorre na mediunidade, é sim a clarividência manifestação anímica do médium, espírito encarnado, que se dá através da emancipação de sua alma. Também se chama a clarividência de “2ª. visão”.
Audiência:
Manifestação mediúnica que permite ao médium escutar no campo fluídico os sons produzidos no plano espiritual.
Da mesma forma que a clarividência, o médium pode através de capacidade anímica, possuir clariaudiência que permite que ele perceba os sons produzidos até onde o campo fluídico de seu espírito alcançar, através da emancipação da alma.
Sensitividade:
Médiuns sensitivos são aqueles capazes de perceberem o nível vibratório de um ambiente ou presente em pessoas ou coisas, sentindo o padrão energético no qual estes se encontram, seja positivo ou negativo.
Falando especificamente na manifestação mediúnica na Umbanda, a modalidade mais popular pelos centros e terreiros pelo Brasil é a incorporação, sendo a forma utilizada pelas entidades dessa religião para trazerem a Mensagem Divina a esses filhos de Deus tão descrentes, já que o fenômeno mediúnico passa a ser o contato direto do plano espiritual com o físico, não havendo um intérprete ou um compilador das mensagens astrais.
Com a Umbanda, e conseqüentemente, a incorporação de seus Guias e Entidades espirituais, o plano terreno, os espíritos encarnados passaram a ter a espiritualidade falando diretamente com o ser humano, porque não precisavam mais de oráculos ou sacerdotes que lhes transmitissem os ensinamentos a serem seguidos e ditados por Deus ou pelo Mestre Jesus.
Passaram sim, a ter ao contato de suas mãos, olhos e inteligência a própria entidade, o próprio Guia espiritual, o próprio guardião de seus caminhos a lhes dizer o certo e o errado. A lhes mostrar suas falhas, seus débitos ou mesmo suas virtudes, para trabalharem nesse sentido e alcançarem sua evolução.

Saudações, cores e os dias da semana para cada orixá


       Exú – Mensageiro dos orixás
  • Saudação: Laroyê Exú!
  • Cores: vermelho e preto
  • Dia da semana: Segunda-feira

       Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
  • Saudação: Ogunhê
  • Cores: azul, verde
  • Dia da semana: Terça-feira

    Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
  • Saudação: Okê arô!!
  • Cores: verde, azul
  • Dia da semana: Quinta-feira

    Omolú/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola
  • Saudação: Atotô!
  • Cores: marrom, cor palha
  • Dia da semana: Segunda-feira

      Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, primeira esposa de Oxalá, deusa da morte
  • Saudação: Saluba Nanã!
  • Cores: lilás, roxo
  • Dia da semana: Domingo

    Oxumaré/Bessen – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra
  • Saudação: Arroboboi Oxumarê!
  • Cores: amarelo e verde
  • Dia da semana: Terça-feira

    Logunedé – O caçador filho de Oxum e Oxóssi
  • Saudação: Olorikim Logun!
  • Cores: amarelo e azul
  • Dia da semana: Quinta-feira

    Iansã – Senhora dos ventos e tempestades
  • Saudação: Epahey Oyá!
  • Cores: marrom e vermelho
  • Dia da semana: Quarta-feira

      Xangô – Senhor da justiça
  • Saudação: Kao Kabiesilê!
  • Cores: vermelho e branco, marrom e branco
  • Dia da semana: Quarta-feira

    Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade
  • Saudação: Ora yê yê ô!
  • Cores: amarelo
  • Dia da semana: Sábado

    Iemanjá – Deusa do mar, segunda esposa de Oxalá
  • Saudação: Odò ìyá!
  • Cores: prata e branco
  • Dia da semana: Sábado

      Ossaim – O orixá das plantas
  • Saudação: Ewê ô!
  • Cores: verde e branco com lista vermelha
  • Dia da semana: Quinta-feira

    Obá – orixá dos ventos e redemoinhos
  • Saudação: Obá Xiré Yá!
  • Cores: rosa, coral
  • Dia da semana: Quarta-feira

      Irokô – O orixá do tempo
  • Saudação: Iroko y Só! Eeró!
  • Cores: branco, cinza
  • Dia da semana: Terça-feira

     Oxalá/Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior
  • Saudação: ÈPA BÀBÁ !
  • Cores: Branco
  • Dia da semana: Sexta-feira


CALENDÁRIO DE UMBANDA 
Janeiro01 - Confraternização Universal
17 - Festa do Bonfim
20 - São Sebastião - Oxóssi
Fevereiro02 - N. S. dos Navegantes - Yemanjá
Abril23 - São Jorge - Ogum
Maio13 - Pretos Velhos
Junho11 - Pomba Gira
24 - São João
29 - São Pedro e São Paulo
Julho26 - N. S. Santana
Agosto15 - N. S. da Glória
16 - S. Roque
24 - Toques para Exu
Setembro27 - Cosme e Damião - Erês
29 - S. Miguel Arcanjo
30 - S. Jerônimo - Xangô
Outubro28 - Festa dos Boiadeiros
Novembro02 - Finados - Omulú - Exu
15 - Fundação da Umbanda (1908)
Dezembro04 - Sta. Bárbara - Yansã


PEQUENO DICIONÁRIO DO UMBANDISTA



Abaré: Médium já desenvolvido.
Abaré-Guassu: Grande trabalho.
Abaré-Mirim: Médium em início de desenvolvimento.
Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.
Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).  
Amassi ou Amaci:
 Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias.  É destinado a banhar a cabeça dos médiuns.  As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.
Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus negócios.
Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa.  Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc.  Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.
Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium. 
Aruanda: 
Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.
Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.
 

Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados.  No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc.  Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.
Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô).  Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal.  Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas.  Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa.
Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo.
Banda: Lugar de origem de entidade.
Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo.  Usado como proteção.
Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.

C
Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo.
Cabeça de Legião: Exus batizados e que controlam os mais atrasados.
Calunga Grande: Mar; oceano.
Calunga Pequena: Cemitério.
Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.
Caricó: Templo, Terreiro.
Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.
Caruruto: Charuto.
Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes.  Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.
Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.
Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.
Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades.  É o médium.
Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina.  São empregadas para trabalhos de umbanda.  1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.
Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium.  Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída.  Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.
Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.
Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros representando orixás, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.
Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.
Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia).  Alguns usam coco, outros cabaça.
Compadre: Designação para Exu.
Consulta: Cerimônia dos clientes para resolver seus problemas.
Cazuá: Terreiro, Templo, Local.

Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc.  São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.
Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.
Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc.  E que abrem os caminhos.
Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades, entre terreiros, entre pessoas de um terreiro.
Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.
Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.
Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.
Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.
Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades.  Não cair no chão, controlar o transe, etc.
Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades – guias, os restos de oferendas.
Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos e sacrifício animal), para impedir de perturbar a cerimônia.
Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada.  Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada.  Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos.  Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.
 
Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.
Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.
Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.
Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.
Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.
Entidades: Seres espirituais na umbanda.
Escora: Pessoa que suporta os ataques de espíritos obsessores sem ser prejudicada.
Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.
Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.
Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.

Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha).  Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.
Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.
Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.
Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas
para atingir a quem tocar.
(Outra definição: Feitiço é você trabalhar em prol de um objetivo com elementos que alteram sua consciência e que te dão referências de que aquilo que você está fazendo vai dar certo. É claro que uma simples reza à luz de vela pode também ser considerada um feitiço. Não importa o que você usa, e sim como você usa o que você tem no momento. Objetos materiais são simples referências para dizer "estou fazendo um feitiço". Mas o que faz funcioná-lo é o modo como você trabalha a sua mente (é por isso que os grandes milagres na igreja acontecem. Orações e novenas, causam efeito porque a mente está em um trabalho contínuo em prol de um objetivo).  Ter fé no que você faz é manter um pensamento positivo a acreditar em seus potencias.Copyright © 2001 Aengus Mac ind Óg).
Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não.
Firmar: Concentrar-se para a incorporação.
Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.
Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de rituais especiais e oferendas de comida votivas e orixá patrono do médium.
Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.
Firmeza: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.
Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.
Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral.
Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.
Fundanga: Pólvora. 


Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.
Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.
Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade.  Entidade espiritual, espírito superior.  Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium.  Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.
Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.
Guia de frente: O mesmo que guia de cabeça.

Homem das Encruzilhadas: Exu. 
Homem de Rua:
 Exu.

 
Incorporação: Transe, possessão mediúnica.
Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.

Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange.  Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.
Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais.
Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual.  Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa.  Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada orixá ou entidade.  Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo.  Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.
Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.
Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.
Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.
Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.
Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.

Macaia: Folhas sagradas.  Local das matas onde se reúnem os terreiros.
Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros.  Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda.  Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).
Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa.  Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.
Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.
Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.
Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.
Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.
Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.
Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual.  Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.
Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.
Mironga: Segredo, mistério.


Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas.
Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.
Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.

Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro.  Pai de Santo. Babalorixá.  Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.
Parati: Aguardente (Exu, Zé Pilintra).
Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa.  Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora.  Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações.  PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.
Pito: Cachimbo (pretos-velhos).
Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.
Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade.  É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las.  Quando chegam e despedi-las quando devem partir.  Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.
Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.
Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.
Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.
Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.
Porteira: Entrada do templo.
Povo da Encruza: Exus.
Povo de Rua: Exus.
Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis.
Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.

Quartinha: Vasilha de barro. Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.
Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.
Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra.  Essa linha é assim chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas umbandistas.  A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços.  Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda.  Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão.  As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda  são raras.  Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira.  Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem  gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais.  A cortina do conga fica fechada.  A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte.  No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas  horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu.  São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas  mágicas, galos e galinhas pretas.  Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares.  Não sendo negativos todos os despachos de rua.   Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.
Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc.  São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.

Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus. Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.
Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.
Riscar Ponto: Fazer desenhos de sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.

Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual.  Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações.  Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.

Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc.  Tuia: Pólvora.



                 as velas e o significados das cores

A vela é, com certeza, um dos símbolos mais representativos da Umbanda. Ela está presente no Conga, nos Pontos Riscados, nas oferendas e em quase todos os trabalhos de magia.
     Quando um umbandista acende uma vela, mal sabe que está abrindo, para sua mente, uma porta interdimensional, onde sua mente consciente nem sonha com a força de seus poderes mentais.
     A vela funciona na mente das pessoas como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando a lembrança de um passado muito distante, onde seus ancestrais, sentados ao redor do fogo, tomavam decisões que mudariam o curso de suas vidas.
     A vela desperta nas pessoas que acreditam em sua força mágica, uma forte sensação de poder. Ela funciona como uma alavanca psíquica, despertando os poderes extra-sensoriais em estado latente.
     Uma das várias razões da influência mística da vela na psique das pessoas, é a sensação de que ela, através de sua chama, parece ter vida própria. Embora, na verdade, saibamos através do ocultismo, que o fogo possui uma energia conhecida como espíritos do fogo ou salamandras.
     Muitos umbandistas acendem velas para seus Guias de forma automática, num ritual mecânico, sem nenhuma concentração. É preciso muita concentração e respeito ao acender uma vela, pois a energia emitida pela mente do médium irá englobar a energia do fogo e, juntas, irão vibrar no espaço cósmico, para atender a razão da queima dessa vela.
     Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor.
     No ritual da magia o mago entra em contato com seu mundo inconsciente, depositário de suas forças mentais, onde irão ser utilizadas para que alcancem seus propósitos iniciais. Qualquer pessoa que acender uma vela, com fé, está nesse momento realizando um ritual mágico e, conseqüentemente, está sendo um mago.
     Se uma pessoa evoca suas forças mentais, com a ajuda da magia das velas, no sentido de ajudar alguém, irá receber em troca uma energia positiva; mas, se inverter o fluxo das energias psíquicas, utilizando-as para prejudicar qualquer pessoa, o retorno será infalível e as energias de retorno serão sempre mais fortes, pois voltam acrescidas da energia de quem as recebeu.
     As pessoas que utilizam a força da magia das velas – que, na realidade, despertam as forças interiores de cada um – com propósitos maléficos, não são consideradas magos, mas feiticeiros ou bruxos. Infeliz daquele que, na ânsia de destruir seus inimigos, acendem velas com formatos de sapo, de diabo, de caveira, de caixão, etc., assumindo um terrível compromisso cármico com os senhores do destino. Todos os nossos pensamentos, palavras e atos estão sendo gravado na memória do infinito, ninguém fica impune junto à justiça divina.
    Voltaremos ao planeta Terra, quantas encarnações forem necessárias para expiar nossas dívidas com o passado. Por outro lado, feliz daquele que se lembra de acender uma vela com o coração cheio de amor para o anjo-da-guarda de seu inimigo, perdoando-o por sua insensatez, pois irá criar, ao seu redor, um campo vibratório de harmonia cósmica, elevando suas vibrações superiores.

     Ao acender velas para as almas, para o anjo-da-guarda, para os preto-velhos, caboclos, para a firmeza de pontos, Conga, para um santo de sua preferência ou como oferenda aos Orixás, é importante que o umbandista saiba que a vela é muito mais para quem acende do que para quem está sendo acesa, tendo a mesma conotação do provérbio popular que diz: "A mão de quem dá uma flor, fica mais perfumada do que a de quem a recebe."
     A intenção de acender uma vela gera uma energia mental no cérebro da pessoa.
     Essa energia é que a entidade espiritual irá captar em seu campo vibratório.
    Assim a quantidade de velas não influirá no valor do trabalho; a influência se fará diretamente na mente da pessoa que está acendendo as velas, no sentido de aumentar ou não o grau da intenção. Desta forma, é inútil acreditar que podemos comprar favores de uma entidade negociando com uma maior ou menor de velas acesas. Os espíritos captam em primeiro lugar as vibrações de nossos sentimentos, quer acendamos velas ou não. Daí ser melhor ouvir uma das máximas de Jesus que diz: “Antes de fazer sua oferenda, procure conciliar-se com seu irmão.”

     Não é conveniente, ao encontrar uma vela acesa no portão do cemitério, nas encruzilhadas, embaixo de uma árvore, ao lado de uma oferenda, apagá-la por brincadeira ou por outra razão. Devemos respeitar a fé das pessoas. Quem assim o cometer, deve ter em mente que poderá acarretar sérios problemas, de ordem espiritual, com sua atitude.
     Precisamos respeitar o sentimento de religiosidade das pessoas, principalmente quando acender uma vela faz parte desse sentimento. Se ao acender uma vela, a pessoa tiver um forte poder de magnetização, torna-se mais perigoso apagá-la. Mas, se ela não estiver magnetizada, fica a critério de cada um.


Branca

  Símbolo da paz e da pureza, a cor branca resulta da mistura de todas as cores. A vela dessa cor enaltece a espiritualidade, sendo indicada para quem pratica meditação ou se dedica às artes divinatórias. Tem ligação com a energia lunar, que por sua vez estimula a intuição e a feminilidade. Também favorece a cura e a purificação dos ambientes ou do espírito. Ajuda a enxergar com maior clareza as verdades ocultas e abre as portas da percepção. Pode ser usada como um "coringa", ou seja: se você não tiver velas de outras cores, poderá programar a vela branca para qualquer tipo de magia ou pedido. O branco é a cor da pureza, da virgindade, da castidade. Velas brancas são usadas em rituais que tem como objetivo obter a paz e a harmonia, entre pessoas ou par ambientes. A vela branca pode ser usada na maioria dos rituais porque o branco pode ser aceito em todas as operações, salvo nos casos em que o ritual especifique a cor. Mas esse uso da cor branca em rituais, que tenham outros objetivos que não sejam os de harmonia e paz, só podem ser feitos em caráter excepcional. A cor certa deve ser providenciada na primeira oportunidade. Cada tipo de ritual requer uma cor específica. 




PRETA

     Favorece a interiorização, a expansão do inconsciente e a introspecção, que muitas vezes se faz necessária para quem se dedica à prática devocional ou aos estudos elevados. Também é muito usada em rituais de reversão, ou seja, para "desmanchar" algum mal que eventualmente tenha sido feito. Nessas ocasiões, ela simboliza as forças negativas que precisam ser banidas ou anuladas.



DOURADA

   Ativa a compreensão e atrai as influências dos poderes cósmicos; beneficia rituais para atrair dinheiro ou sorte rapidamente. Simboliza a energia solar. Poderes divinos masculinos, feitiços e rituais para encorajar, remover a negatividade, promover estabilidade.


ALARANJADA 

  Está relacionada à vitalidade, ao bem-estar físico, ao entusiasmo, à liderança, à busca do sucesso. Estimula a energia, favorece as metas profissionais, a justiça e o sucesso. Estimula a criatividade em geral.


VERMELHA


 Saúde, energia, potência sexual, paixão, amor, fertilidade, força, coragem, vontade de poder, aumento do magnetismo em um ritual; atrai a energia dos signos de Áries e Escorpião. Para ultrapassar o medo e a preguiça. Vingança. Ajuda a atingir metas. O vermelho é usado nos rituais relacionados a sexo, paixões, trabalho, vitória em assuntos complexos. Sendo a cor de Marte e também a cor do sangue, o vermelho se relaciona às questões de ordem física, assuntos terrenos, sendo uma cor muito usada quando se pretende obter resultados rápidos.


AZUL ESCURO 


 É indicada para atrair harmonia, para expandir a mente, para encontrar a paz interior. Também favorece a saúde, a criatividade, a paciência, a sabedoria, a fidelidade, a compreensão, a sabedoria, os bons sentimentos e a busca da verdade. Beneficia os novos conhecimentos (intelectuais e espirituais) e a realização de feitos como a projeção astral e a abertura dos canais intuitivos. Usada antes de dormir, ajuda a ter um sono tranqüilo, mas também pode induzir a sonhos proféticos. É a vela certa para magias que visem garantir harmonia doméstica e estabilidade no emprego.


AZUL CLARO 


 Seus atributos são a espiritualidade, a harmonia, a inspiração, o sentimento devocional, a alegria e a jovialidade. Tem tudo a ver com as práticas religiosas ou ligadas à arte de meditar. É muito útil para casos em que se faça necessário restabelecer a paz doméstica. Traz tranqüilidade para casa. Usa-se nos rituais mágicos que visem à harmonização, introspecção e contato com os planos sutis. É uma vela específica para atividades devocionais. 


 

VERDE ESCURO 


 Feitiços que envolvam fertilidade, sucesso, sorte cura, propriedades, dinheiro e ambição. Abundancia. Saúde e rejuvenescimento.


VERDE CLARO


 Muito importante em rituais que envolvam Venus Funciona como reforço. Atrai amor, fertilidade e relações sociais bem interessantes. 


MAGENTA 


  Para um rápido desenlace. Rituais que requeiram ações imediatas. O magenta é uma combinação de vermelho e violeta e por isso oscila em altíssima freqüência.



VIOLETA 


  Antes de qualquer coisa, lembre-se de que o violeta é uma cor esterilizante: limpa e purifica. Favorece a cura física e espiritual, manifestações psíquicos e feitiços que envolvam poder, intuição, contatos com o Astral, ataque e defesa.


PRATEADA 


 Rituais para atrair dinheiro e boa sorte. Força feminina e energia lunar.Encoraja, estabiliza e remove energias negativas.


MARROM 


  Cor interessantíssima... Pode ser usada em feitiços e rituais que envolvam equilíbrio, sucesso financeiro, proteção familiar e de animais domésticos, além de força material. Favorece os estudos, o poder de concentração e a telepatia. Ajuda a fortalecer a vontade e eliminar a indecisão.


MISTAS 


 Velas com duas ou mais cores combinadas. Isso já requer maior experiência no assunto. Contudo, o mesmo efeito pode ser conseguido acendendo-se duas (ou mais ) velas ao mesmo tempo. Mas se você torce pela vitória do seu time de futebol predileto, pode perfeitamente usar suas cores. Por exemplo, se torce pelo Flamengo, vermelho e preto; pelo Palmeiras, verde; e assim por diante... Mas, ATENÇÃO: cuidado para não atear fogo em você mesmo ou na casa. FOGO QUEIMA E PROVOCA ACIDENTES GRAVES e depois não há bruxaria que resolva. Só os bombeiros e... Médicos. Aliás, dependendo da gravidade do estrago, nem eles...
 Fique atento.


CONSELHOS ÚTEIS

    Se precisarem apagar uma vela que esteja sendo usada ritualisticamente JAMAIS o faça soprando a mesma. Velas rituais só devem ser apagadas com abafador ou com os dedos, nunca sopre uma destas velas.
    É muito importante a escolha do lugar onde a vela será acesa. Deve estar fora das correntes de ar, do alcance de crianças e animais e afastadas de materiais combustíveis, tais como papel, cortinas e outros.
     A vela deve ser bem fixada, se não tiver uma base grande. Especialmente no caso das cilíndricas, é importante fixá-las corretamente para que não caiam. Use sua própria cera fixá-la, mesmo que esteja em candelabro. Dependendo do tamanho é interessante colocá-la dentro de um copo de vidro refratário, COM UM POUQUINHO D'ÁGUA NO FUNDO, para que a parafina não fique irremediavelmente aderida. Havendo um pouquinho de água no fundo, o que sobrar da parafina sai inteirinha, sem "colar". De outra forma, você só vai conseguir limpar o copo se usar água fervendo. No comércio há vidros especiais para velas de sete dias. Aliás, para outros tipos de vela também. Escolha aqueles de sua preferência e necessidade.
      Pode acontecer (com qualquer tipo de vela), que na medida em que vai se consumindo, a parte já queimada do pavio acumula-se junto à chama, fazendo com que esta fique cada vez mais forte e intensa. Isso fará com que se queime depressa demais e "esparrame” a vela inteiro. Neste caso, é aconselhável cortar com uma tesoura a parte preta do pavio já queimado.
       Por precaução, especialmente nas atividades que requeiram várias velas acesas simultaneamente, é recomendável que se disponha de meios para enfrentar uma possível emergência. Assim, aconselha-se disponha em reserva de água suficiente para alguma eventualidade, ou então, uma maneira rápida de abafar-se um eventual princípio de incêndio.
        Bruxaria sim, descuido jamais as velas de cores diferentes, têm finalidade energéticas diferentes.
Podem ser usadas também para representar a Deusa e o Deus, ou até mesmo os quatro quadrantes: (leste/oeste; Norte/sul; ar/água; terra/fogo).
        Para Celso ensinou que a Natureza é habitada por espíritos associados às plantas, aos animais, aos minerais, à água, ao fogo e ao próprio ar. Esses espíritos, também conhecidos como seres elementais, seriam a "alma" de tudo que existe: pedras, terra, o vento, fogo, plantas, etc...
        Um dos mais poderosos elementos da natureza é o Fogo, que está associado, entre outros atributos, à transmutação e à purificação. Os espíritos do Fogo são as Salamandras. Estas, de acordo com Para Celso, são criaturas flamejantes, de cor vermelho-alaranjada. Não têm forma definida e medem de 70 a 90 centímetros de altura. Para você se valer da força das Salamandras, experimente recorrer às velas.
Presentes em todos os ritos e nas mais diferentes liturgias, as velas associam dois fatores muito importantes: a força das salamandras e os poderes associados às cores.